Más condições de trabalho e precarização já ocasionaram mais de 3 milhões de trabalhadores lesionados por LER/DORT no país
Neste 28 de fevereiro, Dia
Mundial de Combate às Lesões por LER/DORT (Esforço Repetitivo/ Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), especialistas em saúde de
trabalhadoras(es) reforçam o alerta para as condições impostas nos locais de
trabalho que ocasionam problemas como dores musculares, nos tendões e nervos
(dedos, mão, antebraços, braços, pescoço), bem como problemas psicológicos.
No Brasil, segundo Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística) em 2013, 3.568.095 pessoas foram vítimas desses casos.
Existem diversos fatores que ocasionam lesões por LER/DORT e é de conhecimento
das(os) trabalhadoras(es) que as políticas de precarização do trabalho - que tendem a ser ampliadas pelos processos
de terceirização e aceleração para o alcance de metas, irão reforçar os riscos
de quem já tem predisposição e também os fatores emocionais e ambientais.
Além de sintomas físicos, os
problemas relacionados à sobrecarga de trabalho e as pressões psicológicas
podem provocar Depressão, Transtornos de Ansiedade, Estresse e outras doenças.
No caso de trabalhos que exigem padrões repetitivos de movimento, o(a) trabalhador(as)
também pode apresentar os sinais da LER/DORT.
Qualquer trabalhador(a) pode
estar sujeito(a) aos fatores de risco físicos, ambientais e emocionais. No
Sindicato das(os) Servidoras(es) Públicas(os) Municipais de Teresina (SINDSERM)
são vários os atendimentos de pessoas enfrentando tais situações. Na base,
professoras(es) e profissionais de saúde são alguns dos mais afetados em lesões
por LER/DORT.
No caso da educação, as
repetições de movimentos de escrita, o excesso de ruídos, pressão psicológica e
assédio moral, afetam fortemente os(as) profissionais. No setor da saúde, o
estresse da rotina e outras condições como equipamentos inadequados e más
condições posturais são fatores de adoecimento.
Paloma Brito, servidora da saúde
e vice-presidente do SINDSERM, explica a necessidade de redução dos fatores de
risco ao máximo possível. “Há cuidados básicos como pausas durante o trabalho,
manter a postura ereta, evitar peso excessivo, observação das normas
ergonômicas e contribuição para um ambiente harmonioso”, diz.
Nos locais de trabalho, os(as)
trabalhadores(as) devem organizar-se para combater as causas de lesões por LER/DORT.
São algumas tarefas: construir e fortalecer as CIPAs (Comissões Internas de
Prevenção de Acidentes); exigir as condições de trabalho necessárias para o bom
desempenho das funções; lutar pela garantia de tratamento de saúde, perícia e
licença; nos casos necessários, lutar pela redução da jornada de trabalho sem
redução de salários; exigir os equipamentos de proteção coletiva.
O SINDSERM ressalta que as(os)
servidoras(es) devem procurar o Sindicato para que sejam devidamente orientados
em qualquer caso que prejudique sua saúde. Nacionalmente, a CSP-Conlutas, a
qual o SINDSERM é filiado, está convocando a classe trabalhadora para o 3º
Encontro Nacional de Saúde do Trabalhador que vai ocorrer de 23 a 25 de março,
no Rio de Janeiro.
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